terça-feira, setembro 27, 2011
TEOLOGIA E SEUS RAMOS.
"TEOLOGIA MORAL"
Teologia Moral é uma disciplina e um campo de conhecimento da Teologia que se dedica ao estudo e à pesquisa do comportamento humano em relação a princípios morais e ético-religiosos. O vocábulo moral provém do latim mos - moris, que inicialmente significava costume, evoluindo depois para uma significação equivalente ao grego εθoς = ethos.
Na teologia cristã, a teologia moral ocupa-se do estudo sistemático dos princípios ético-morais subjacentes à doutrina e às verdades reveladas por Deus, bem como à sua aplicação posterior à vida quotidiana do cristão e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática.
Os cristãos acreditam que o Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral, algo que eles têm que cumprir e obedecer para serem salvos.
TEOLOGIA DOGMÁTICA.
teologia dogmática é a parte da teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais com ele vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática
TEOLOGIA SISTEMÁTICA.
A teologia sistemática, que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia dogmática e a teologia filosófica, é o ramo da teologia cristã que reúne as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins, explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema explicativo (diferentemente da teologia histórica ou da teologia bíblica).
A teologia sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão cristã em causa.
HISTÓRIA.
A tentativa de organizar as variadas ideias da religião cristã (e os vários tópicos e temas de diversos textos da Bíblia) em um sistema simples, coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. Na ortodoxia oriental, um exemplo antigo é a Exposição da Fé Ortodoxa, de João de Damasco (feita no século VIII), na qual se tenta organizar, e demonstrar a coerência, a teologia de textos clássicos da tradição teológica oriental.
No Ocidente, as Sentenças de Pedro Lombardo (no século XII), em que é coletada uma grande série de citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base para a tradição de comentário temático e explanação da escolástica medieval -- cujo grande exemplo é a Suma Teológica de Tomás de Aquino. A tradição protestante de exposição temática e ordenada de toda a teologia cristã (ortodoxia protestante) surgiu no século XVI, com os Loci Communes de Filipe Melanchton e as Institutas da Religião Cristã de João Calvino.
No século XIX, especialmente em círculos protestantes, um novo modelo de teologia sistemática surgiu: uma tentativa de demonstrar que a doutrina cristã formava um sistema coerente baseado em alguns axiomas centrais. Alguns teólogos se envolveram, então, numa drástica reinterpretação da fé tradicional com o fim de torná-la coerente com estes axiomas. Friedrich Schleiermacher, por exemplo, produziu Der christliche Glaube nach den Grundsatzen der evangelischen Kirche, na década de 1820, onde a ideia central é a presença universal em meio à humanidade (algumas vezes mais oculta, outras, mais explícita) de um sentimento ou consciência de "absoluta dependência"; todos os temas teológicos são reinterpretados como descrições ou expressões de modificações deste sentimento.
"DOGMA DA RELIGIÃO"
Dogma na religião
Dogmas são encontrados em muitas religiões como o cristianismo, islamismo e o judaísmo, onde são considerados princípios fundamentais que devem ser respeitados por todos os seguidores dessa religião. Como um elemento fundamental da religião, o termo "dogma" é atribuído a princípios teológicos que são considerados básicos, de modo que sua disputa ou proposta de revisão por uma pessoa não é aceita nessa religião. Dogma se distingue da opinião teológica pessoal. Dogmas podem ser clarificados e elaborados, desde que não contradigam outros dogmas (por exemplo, Gálatas 1:8-9). A rejeição do dogma é considerado heresia ou blasfêmia em determinadas religiões, e pode levar à expulsão do grupo religioso.
Para a maioria do cristianismo oriental, os dogmas estão contidos no Credo Niceno-Constantinopolitano e nos cânones dos dois, três ou sete primeiros concílios ecumênicos (dependendo se o grupo seria nestorianos, não-calcedonianos ou ortodoxos). Estes princípios são resumidos por São João de Damasco em sua Exposição Exata da Fé Ortodoxa, que é o terceiro livro de sua obra principal, intitulada A fonte do Conhecimento. Neste livro, ele assume uma dupla abordagem para explicar cada artigo da fé ortodoxa para os cristãos, onde ele utiliza citações da Bíblia e, ocasionalmente, de obras de outros Padres da Igreja, e outro, dirigido a não-cristãos (mas que, no entanto, tem algum tipo de crença religiosa) e, ateus, para quem emprega a lógica aristotélica e a dialética, ad absurdum especialmente o reductio.
Os católicos também têm como dogma as decisões dos vinte e um concílios ecumênicos e dois decretos promulgados por papas que exerçam a infalibilidade papal (a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria). Protestantes afirmam em graus diferentes partes destes dogmas, e muitas vezes dependem de uma confissão de fé para resumir os seus dogmas.
No Islã, os princípios dogmáticos estão contidos no Aqidah. Dentro de muitas denominações cristãs, o dogma é referido como simplesmente "doutrina".
A evolução do Dogma
Do Kerigma aos símbolos de Fé
Desde o acontecimento pascal e sua proclamação catequética - génese da experiência e da reflexão trinitária - até à formulação conceptual do mistério trinitário, um longo percurso foi trilhado. Na verdade, desde a proclamação primitiva da morte e ressurreição de Jesus de Nazaré,[1] passando pelas primeiras afirmações do Novo Testamento da plena divindade de Jesus,[2] da personalidade do Espírito Santo[3] e o surgir das primeiras fórmulas trinitárias[4] até ao Credo niceno-constantinopolitano, um tortuoso caminho foi burilado pelas primeiras gerações de cristãos.
Defensores da doutrina trinitária afirmam que a Igreja primitiva já acatava plenamente essa idéia, com base nos escritos de Inácio de Antioquia, "Carta aos Efésios", 9, 1; 18, 2, e na "Primeira Carta de Clemente Romano" 42; 46, 6[5]. Mas, do ponto de vista histórico, um dos primeiros a utilizar, no Ocidente cristão, o termo "Trindade", para expressar a idéia de que a unidade divina existiria em três pessoas distintas, foi Tertuliano. No início do século III, em sua obra "Adversus Praxeas" (2,4; 8,7), ele utilizou o termo latino de "trinitas". Antes disso, e no Oriente cristão, só há o registo do termo grego "Τριας" nos escritos de Teófilo de Antioquia ("Três Livros a Autolycus", 2, 15) redigidos por volta do ano de 180 d.C.
Na realidade, mais do que a partir da especulação teórica e abstracta - que mais tarde viria a ser preponderante -, a afirmação teológica da "Trindade" ocorreu sobretudo a partir do uso dos textos bíblicos em ambiente litúrgico eclesial. Esta doutrina, de facto, foi-se apoiando e alicerçando no âmbito da práxis baptismal (veja-se "Didaquê" 7, 1; Justino Mártir, "Apologia" 1, 61, 13) e eucarística (veja-se Justino, "Apologia" 1, 65.67; Hipólito de Roma, "Tradição Apostólica" 4-13).
Somente depois da pacificação do Império Romano, sob Constantino I, é que ocorreu aquela convergência de factores - a paz, as facilidades de comunicação e diálogo entre as diversas Igrejas e teólogos, entre outros - que permitiu a elaboração de um edificio conceptual - a definição precisa das noções de "ousia"/"natureza", "hipostasis"/"pessoa", "homoousios"/"consubstancialidade", bem como a sua mútua relação e aplicação teológica - apto para a descrição e explanação da Divindade revelada em Jesus Cristo.
[editar] Os símbolos de Fé
Ícone oriental que representa Constantino I entre os padres reunidos no Primeiro Concílio de Niceia: o distico por eles suspenso contem o texto do credo de Niceia.A primeira formulação dogmática do pensamento teológico cristão trinitário, no que concerne à relação entre cada uma das três Pessoas divinas,que negava a divindade plena do Filho -, bem como pelo Primeiro Concílio de Constantinopla de 381 - realizado para, em oposição aos pneumatómacos, afirmar a plena divindade pessoal do Espírito Santo - e apresentada no credo de Atanásio (depois de 500 d.C.).
Estes credos foram progressivamente formulados e ratificados pela Igreja dos séculos III e V, em reação a noções algumas delas envolvendo a natureza da Trindade, a posição de Cristo nela e a divindade do Espírito, tais como as do arianismo, do docetismo, do modalismo e a dos pneumatómacos - nome dado àqueles que negavam a divindade pessoal da terceira pessoa da Trindade -, que foram depois declaradas como heréticas na medida em que atentariam contra o essêncial da Revelação. Estes credos foram mantidos não só na Igreja Católica e Ortodoxa, mas também, de algum modo, pela maioria das igrejas protestantes, sendo inclusive citados na liturgia de igrejas luteranas e Igrejas Reformadas.
O credo de Niceia, que é uma formulação clássica desta doutrina, usou o termo "homoousia" (em Grego: da mesma substância) para definir a relação entre as três pessoas. A ortografia desta palavra difere em uma única letra grega, "iota", da palavra usada por não-trinitários do mesmo tempo, "homoiousia", (Grego: de substância semelhante): um facto que se tornou proverbial, a ponto de certos adversários do cristianismo nessa época afirmarem que os cristãos se digladiavam por causa de uma vogal,ilustrando assim as profundas divisões ocasionadas por aparentemente pequenas imprecisões, especialmente em Teologia.
[editar] Investigação teológica e a respectiva conclusão de Santo Agostinho
Pelo menos a Igreja Católica anuncia e ensina o mistério da Santíssima Trindade com base em citações bíblicas, mas desencoraja uma profunda investigação no sentido de querer decifrá-lo.
Santo Agostinho, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou e esforçou-se exaustivamente por compreender e desvendar este enigma. Após muito tempo de reflexão, esforço e trabalho, chegou à conclusão que nós, devido à nossa mente extremamente limitada, nunca poderíamos compreender e assimilar plenamente a dimensão (infinita) de Deus somente com as nossas próprias forças e o nosso raciocínio. Concluiu que a compreensão plena e definitiva deste grande enigma só é possível quando, na vida eterna, nos encontrarmos no Paraíso com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
[editar] Operações e funções das Pessoas da Trindade
Adoração da Santíssima Trindade, Dürer. Representa o Pai segurando a cruz do Filho e o Espírito Santo em forma de pomba sobre a cabeça do Pai. Os três são adorados pela multidão de anjos e santos.As três pessoas da Santíssima Trindade estabelecem uma comunhão e união perfeita, formando um só Deus, e constituem um perfeito modelo transcendente para as relações interpessoais. Elas possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, sabedoria, poder, bondade e santidade, mas, em algumas vezes, certas atividades são mais reconhecidas em uma pessoa do que em outra. As funções, as suas principais atividades desempenhadas e o seu modo de operar está registrado nas Sagradas Escrituras e claramente resumido no Credo Niceno-Constantinopolitano, o credo oficial de muitas denominações cristãs.
Pai – Não foi criado nem gerado. É o "princípio e o fim, princípio sem princípio" da vida e está em absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Foi o Pai que enviou o seu Filho, Jesus Cristo, para salvar-nos da morte espiritual, pelo sacrifício vicário. Isto revela o amor infinito de Deus sobre os homens e o não-abandono aos seus filhos adoptivos. O Pai, a primeira pessoa da Trindade, é considerado como o pai eterno e perfeito. É atribuído a esta pessoa divina a criação do mundo.
Filho – Eterno como o pai e consubstancial (pertencente à mesma natureza e substância) a Ele. Não foi criado pelo Pai, mas gerado na eternidadade da substância do Pai. Encarnou-se em Jesus de Nazaré, assumindo assim a natureza humana. O Filho, a segunda pessoa da Trindade, é considerado como o Filho Eterno (Filho sob a ótica humana no sentido de que se tornando homem, deixou sua divindade, tornando-se totalmente dependente de Deus), com todas as perfeições divinas: a Ele é atribuída a redenção (salvação) do mundo.
Espírito Santo – Não foi criado nem gerado. Esta pessoa divina personaliza o Amor íntimo e infinito de Deus sobre os homens, segundo a reflexão de Agostinho. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus e plenamente revelado no dia de Pentecostes. Habita nos corações dos fiéis e estabelece entre estes e Jesus uma comunhão íntima, tornando-os unidos num só Corpo. O Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, é considerado como o puro nexo de amor. Atribui-se a esta pessoa divina a santificação da Igreja e do mundo com os seus dons.
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Quem sou eu
- Elenival costa
- Salvador, Bahia, Brazil
- Evangelista. Secretário executivo e diretor de ensino da Assembleia de Deus do M. Madureira, campo Pernambues. Professor de teologia. pregador e palestrante nas áreas; de nomaro noivado e casamento.tambem sou cantor e compositor.Pastor Regional do Ímbui- Bolandeira. Visite minha biografia na parte superior do site!
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